domingo, 11 de maio de 2008

Politica

O sistema político do Irão tem por base a constituição de 1979, que fez do país uma república islâmica. Nos termos da constituição, as relações políticas, económicas, sociais e culturais vigentes no país devem estar de acordo com o Islão.

O Irã é regido por um presidente, um conselho de ministros, uma câmara legislativa (Majlis) e um poder judiciário. Todos os poderes estão sujeitos à autoridade suprema do líder religioso islâmico. Os 270 membros dos Majlis são eleitos, em votação secreta, para um período de quatro anos.
Um "conselho de guardiães" de 12 membros determina a constitucionalidade das leis aprovadas pelos Majlis e sua adequação aos princípios islâmicos. O presidente é eleito por um período de quatro anos e designa os ministros, que devem ser aprovados em assembléia. O país se divide em 24 províncias (ostans). Desempenham um papel fundamental os guardiães da revolução, principal corpo militar do país.

Os partidos políticos existentes nesses estados totalitários, quando existem, não passam de meras máquinas políticas vinculadas ao sistema burocrático estatal, máquinas políticas essas destituídas de um programa político concreto, real, visando os interesses da nação e da sociedade como um todo. Tais organismos políticos tem por função principal reforçar o controle político sobre a população, sendo que os seus membros acabam por constituir uma fração da elite burocrática do estado totalitário.

Neste sentido, o status político e social de membro do partido político oficial é suplementado por sanções negativas, não só a nível político, como também a nível social e até profissional: a expulsão do partido freqüentemente resulta na perda de privilégios sociais e até no rebaixamento de função no emprego ou mesmo a sanção extrema, qual seja a própria demissão do emprego público.





terça-feira, 15 de abril de 2008

Religião

Irã é o nome atual da antiga Pérsia, que foi cenário de muitas histórias bíblicas. Entre elas encontram-se a história de Daniel na cova dos leões e a luta de Ester e Mordecai para salvar o povo judeu. O Irã é uma grande nação estrategicamente localizada no Oriente Médio. Seu território é formado por platôs desérticos cercados de montanhas.

Cerca de 67 milhões de pessoas vivem no país, distribuídas em mais de 60 grupos étnicos. A grande maioria da população é persa, mas há vários outros grupos étnicos com mais de um milhão de pessoas, como os lures, os curdos e os azeris. Há um equilíbrio entre a população urbana e a rural. Pouco menos de metade dos iranianos tem idade inferior a 15 anos e aproximadamente 75% dos adultos são alfabetizados. A taxa de crescimento demográfico é alta, o que leva à estimativa de que o número de iranianos dobrará por volta de 2025.

A história do Irã inicia-se em tempos bastante remotos. No século VI a.C, Ciro, o Grande, unificou os exércitos dos Me do s e do s Persas para formar o Império Persa, um dos maiores impérios que o mun do conheceu. O rei Dario continuou a expansão do império e alcançou a cordilheira do Hindu Kush, na atual fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão. Mais tarde, Alexandre, o Grande, sobrepujou o Império Persa e o anexou a seu próprio império, mas ao morrer seu domínio foi dividido entre os quatro generais de seu exército. O império alexandrino foi sucedido pelo império sassânida, que restaurou a cultura iraniana e governou até 640 d.C, quando foi derrotado pelos árabes. Durante as dissidências e divisões ocorridas nos anos posteriores a Maomé, o Irã tornou-se intimamente associado ao islamismo xiita.

Em 1200 d.C., uma esmagadora invasão dos exércitos mongóis devastou o país. O Irã mal havia se recuperado deste golpe quando os exércitos de Tamerlan avançaram sobre o território persa e conquistaram cidades como Shiraz e Esfahan, ainda que mais lentamente que a primeira invasão mongol. A dinastia Safávida chegou ao poder em 1501, após a desintegração do Império de Tamerlan, e governou até 1722, quando foi derrubada por uma efêmera invasão afegã. Em 1796, a dinastia Kajar chegou ao poder e governou até o início do século XX.

Na história mais recente, o xá Reza Pahlevi assumiu o poder em 1962 e iniciou uma série de reformas visando à modernização do país. Suas mudanças levaram as alas conservadoras a tomar-lhe o poder. O aiatolá Khomeini assumiu o governo em 1979 e implantou a teocracia como forma de governo. Após a morte de Khomeini, em 1989, o novo governo procurou manter-se teocrático ao mesmo tempo que procurava uma postura mais moderada.

A economia iraniana é baseada principalmente no petróleo. Embora o Irã tenha se desenvolvido de forma significativa, grande parte do progresso foi perdido nas décadas seguintes à revolução de 1979. Guerras com o Iraque enfraqueceram ainda mais a economia. Atualmente, a renda per capita iraniana é de aproximadamente US$ 1.000 por ano. A paz e a crescente abertura ao exterior têm resultado em alguns avanços e melhorias econômicas, mas o rápido crescimento populacional afeta negativamente o padrão de vida.

O Irã é uma república islâmica teocrática. Em anos recentes, seu governo tem adotado uma postura mais moderada e menos oposicionista ao ocidente. No entanto, apesar dessa abertura, o país continua fechado e mantém uma força policial secreta para exterminar qualquer oposição sem qualquer preocupação com os direitos humanos. O governo iraniano encontra-se bastante empenhado em se tornar uma influência sobre a Ásia Central e, por isso, encara a Turquia como rival.

A religião oficial do país é o islamismo xiita. Os muçulmanos abrangem 99% da população iraniana. Existem pequenas minorias de bahaístas, judeus e cristãos.

Curiosidade:

A Igreja
Há 300 mil cristãos no Irã, o que corresponde a menos de 0,5% da população do país. A maioria é armênia ortodoxa, mas há também alguns milhares de protestantes e católicos romanos. Quase todos vieram de famílias cristãs. Convertidos oriundos de famílias muçulmanas somam menos que 10 mil.

terça-feira, 1 de abril de 2008

irã

O país caracteriza-se pela diversidade étnica e cultural. Metade da população descende de tribos arianas ou indo-européias, cuja origem se perde na pré-história, e fala o fácil (persa). Os curdos, que representam apenas cinco por cento dos habitantes, vivem nas montanhas ocidentais, conservam seu próprio idioma e têm resistido durante séculos a todas as tentativas de assimilação.

Nas montanhas ocidentais também se encontram os luris e os bakhtaris, que falam o luri, dialeto persa, e em conjunto formam dez por cento da população do Irã. Talvez a proporção étnica dos turcos seja pequena, mas uma quarta parte da população fala o turco, em conseqüência da prolongada dominação otomana no norte da Pérsia.

A população do Irã é extremamente jovem. A densidade demográfica, muito baixa em média, é alta no Azerbaijão, na região do Cáspio, na capital, nos vales férteis das montanhas e nos oásis. Muitas zonas do país são totalmente desabitadas.

As cidades mais importantes, além da capital, Teerã, são Isfahan, Mashad, Shiraz e Ahvaz. Uma porcentagem relativamente importante da população é nômade.

A população do Irã está em torno de 61.900.000, com uma densidade de 38 pessoas por quilômetro quadrado. A nação consiste nos seguintes grupos nacionais e étnicos: Turcos, Curdos, Baluchis, Lurs, Turkemenos, Árabes, Armenos, Assirianos e nômades.

38,7 milhões de pessoas vivem na área urbana e 23,2 milhões vivem a área rural.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Guerra Irã - Iraque



A Guerra Irã-Iraque foi o conflito entre o Irã e o Iraque com fins de ganhos territorial e político no Oriente Médio, durando cerca de 10 anos, entre 1980 e 1990. Tudo começou em 1980 quando Saddam Hussein, líder iraquiano, revogou um tratado firmado em 1975, no qual cedia cerca de 518 quilômetros quadrados de sua área ao Irã e em troca o país cessaria a assistência militar à minoria curda no Iraque, que lutava pela independência.
Husseim queria reconquistar seu território cedido ao Irã por meio do acordo, então invadiu três ilhas iranianas no estreito de Ormuz e em 22 de Setembro de 1980, invadiu a zona ocidental do Irã. Os interesses iraquianos eram claros: desestabilizar o governo islâmico iraniano de Teerã e anexar importantes territórios ricos em petróleo. No início do conflito, o Iraque não conseguia vencer as tropas iranianas e a ofensiva iraquiana encontrou forte resistência. Todas as vezes que o Iraque conquistava um território, o Irã recapturava-o. Somente Khorramshahr ficou inteiramente em poder do Iraque. Vendo que era forte a resistência iraniana, o Iraque propôs um cessar-fogo, que não foi aceito pelo Irã. Nesse sentido, a sorte do Iraque foi o fato do país ter o apoio de todas as potências, como EUA e URSS. Isso foi muito importante para assegurar ao país, uma condição mínima de resistância à vontade de guerra iraniana. Porém esse apoio foi abalado quando em meados da década de 80, o país foi acusado de ter utilizado armas químicas contra as tropas iranianas. Em 1988, o Conselho de Segurança da ONU exigiu um cessar-fogo. O Iraque, que desde antes já havia proposto, aceitou logicamente, porém o Irã contuinuava a retalização à ofensiva iraquiana. O principal fator que levou o Irã, depois de exaustivas negociações, a aceitar o cessar-fogo foi o fato de sua economia estar totalmente abalada. O acordo de paz se deu no dia 15 de agosto de 1988. Em 1990, o Iraque aceitou o acordo de Argel de 1975, que estabelecia as mesmas fronteiras com o Irã que já havia antes da guerra. O resultado da Guerra Irã-Iraque foi zero, pois não houveram vencedores, ambos os países perderam. Ambas economias foram completamente desestruturadas, os domínios territoriais e políticos continuaram iguais, além da morte de cerca de 1,5 milhão de vidas no conflito. Em Setembro de 1990, enquanto o Iraque se preocupava com a Guerra do Golfo, ambos os países restabeleceram relações diplomáticas.